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Inexistente Incômodo Inexistente Mas como? E sendo subversivo persiste nesta trama predileta Quiçá seja de fato trama o que tanto me pareceu farsa ... porém não te retiro da condição de esfinge sorriso enigmático meu caro Sempre opaco mas tão lúcido pareceste em tua conspirata que a mim restou demorar-me momentos mais Contudo isento me posiciono diante dos deveres a mim impostos para desvendar-te Rege  teu conluio na conformidade de seus princípios singulares Subjugo-me perante suas venetas Confiando que possa esse ser o itinerário coerente Soa um tanto invulgar a atual conjuntura mas se dantes consistias na causalidade basilar de meus rompantes, presentemente a mim enseja os instantes mais plácidos e primordiais Estes, tão caros e imperiosos amparando meu enquadro num caos abusivo  que desde então vivo a facejar. Sigo neste simulacro corrosivo turbulento rindo-me constantemente da circunstância pitoresca Esta esfinge eni...
Os dias passam, pois existem mesmo pra passar e as coisas também vão passando, fique sereno, verá o quão bonito é o passar delas falou um distinto tigre branco para um passarinho cinza miúdo a descansar em suas costas, enquanto ele caminhava na mata fechada. A avezinha desanimada parecia não entender aliás, já não aguentava mais lidar com o que não entendia por que felicidades crescentes se desfazem com tristezas tão repentinas? Tristezas tão repentinas, e que parecem crescer com mais força que qualquer outra coisa Por que a tristeza é tão forte? Fazia algum tempo que o majestoso tigre branco passara a carregar o serzinho aborrecido um passarinho cinza miúdo que só sabia pensar agora na raiva que tinha do Sol o Sol que engoliu uma amiga querida uma águia de garras douradas e coração áureo o bicho do voo mais bonito daqueles arredores Um dia a águia majestosa voando junto de seu amiguinho desandou a fazer piruetas no céu, rindo feito criança o pa...
Clamando desesperadamente pela solideza que tanto me acolhia ao meu consorte emproado cedo a honraria que de fato nunca me pertenceu E o tal sorriso subversivo mais perturbador ficou E ontológica se fez a alegoria que meu consorte caprichosamente produziu mas a esfinge permanece e flutua navega sobre os rompantes e desvirtua qualquer calmaria Mas já não importa resta a este ser prostrado ir fechando sua chaga aberta alcançar a lucidez antes reinante voltar ao chão seguro Sorria, meu caro consorte desatravanco ferido teu caminho e nas palavras de meu amigo Mário me apoio apressem-se logo aqueles que passarão pois eu passarinho e mesmo com as asas fragilizadas eu plano E de cima verei radiante meu consorte emproado e talvez lá embaixo, o sorriso enigmático a mim se faça transparente De qualquer modo, uma vez no céu que somente ventos fortes mas instáveis me afrontem que pedras duras não me alcancem mas caso o façam, que eu jamais me acovarde pela pedra no meio do caminho, pois é o ca...
Consorte emproado Tu que te arraiga num firmamento tão alto crendo ingenuamente que tudo pode ver e que tem nas mãos o controle do sorriso mais enigmático Rasgaste ainda mais minha chaga aberta quando a incógnita pareceu-lhe  parcialmente revelada Maquinaste uma obra de invejável e aparente exatidão Possibilitou atuações inocentes mas notavelmente persuasivas e tua utopia almejada travestiu-se de modo impecavelmente verídico atravessando cada vez mais recintos Restou a minha ferida perpétua seguir sua natureza e sangrar continuamente porém sem deixar de embarcar na busca de qualquer coerência douto no entanto de não possuir responsabilidade para com o tal sorriso tão tocante Mas nessa campanha ele diante de mim surgiu ladeado de certo conforto, desconstruindo a alegoria que tu, meu caro consorte emproado caprichosamente compôs. Mas tu sempre te empenhas em dar a seu imaginário um status ontológico e bastante sofrível sua ...
Sempre fora a ave de rapina mais nobre dos ares a belíssima águia esbelta contemplada por qualquer ser voador cultuada por todos os animais da mata fechada que o céu cobria suas garras douradas inspirando temor mas também a beleza do coração mais áureo que nenhum outro bicho poderia possuir Voando um dia, tão alto como sempre gostara a águia pressentiu pelos ventos que alguma coisa nova estava pra acontecer e essa sensação a acompanhou por um período considerável O que seria? Os ventos sussurravam nos seus ouvidos mas não dava para entender Já quase desistindo de desvendar seu enigma a ave formidável sente um sopro incômodo o qual originava-se de determinada direção após o sopro, um piado agudo e irritante que vinha da copa de uma árvore bem alta Seguindo o rumo do som esganiçado a águia visualiza num galho uma coisa cinza, miúda, sem graça e feia um passarinho desesperado como se estivesse desgarrado de algum bando Poderia jantar aquele...
Dá aí, doutor, essa dose cavalar de parcimônia mas injeta bem na aorta mesmo pro coração bater cada vez mais devagar sereno e alheio pra qualquer perturbação nem precisa palpitar só bombeia o satisfatório pra subsistência e mais nada pr' essas agonia ociosa pulsa bem fraquinho sem nenhuma pressão que vença... na boa e tranquila lentidão só assim pra suportar ças porção generosa de espavento e as doses homeopáticas de gratificação...
Mergulhar numa alegria postiça saltitante e cantarolante igual uma criança despreocupada desconsiderando todo rompante de dor Se travestir da felicidade mais genuína maquiado com um sorriso contagiante conduzir-se em passos leves fazer-se esvoaçante, apesar de toda carga nas costas e de toda dor no peito respiração oscilante e pesada muita lágrima parada no meio do trajeto mas no contentamento de grau mais elevado toda alegria efusiva e estonteante é apenas a superfície manifesta do desalento mais profundo pois toda hipérbole é um limiar e os graus mais apurados se encontram tornam um só porém de duas faces, e a mais bonita sempre esconde a pior.