Ai, docinho! Com sabor de donzela
Na fronte, leveza branca de um passarinho
Tua calda, turva em gamelas

Vontade infante pousada em teus pés
sobrevoando tua calda escura, inquieta daqui em diante

Docinho, com cheiro de princesinha
Tua calda ferve agitada
Faz-se forte e concreta a presença que continha

Se debate pulsante e atrevida
tua calda rosa e prateada em confronto
cala fundo em tua face uma ferida

Docinho, com textura de madame
na aura, brilho difuso de um vaga-lume
Tua calda, frondosa e espumante

Vai, docinho
firme e confiante
espalha logo
sobre o horizonte ácido que visa a ti
tua calda em pranto adocicada
com tuas asas de bem-te-vi.


03/04/09

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog